
A produtividade é uma das competências mais valorizadas em nosso tempo, numa sociedade cada vez mais dinâmica e repleta de informações.
Mas, ao contrário do que a maioria imagina, nenhuma pessoa nasce produtiva; elas se tornam eficientes através de hábitos e conhecimento, principalmente autoconhecimento.
Cada pessoa no mundo é singular; tem sua própria história de vida, personalidade, talento, sua própria anatomia e fisiologia.
Por essa razão, não dá certo entregar uma fórmula de produtividade pronta para pessoas diferentes sem considerar que cada uma tem o seu próprio jeito de funcionar.
Fazendo uma comparação, é como se um educador físico fosse recomendar a mesma série de exercício para pessoas que têm o mesmo objetivo (poderia ser ganhar massa muscular) mas sem considerar o biotipo e metabolismo de cada um.
Veja a seguir, como aumentar a produtividade conhecendo melhor a si mesmo: as suas características fisiológicas,psicológicas e cognitivas.
1- Personalidade

Algumas características da nossa personalidade influenciam na forma como interagimos com outras pessoas, com o ambiente externo e como trabalhamos.
O nosso nível de produtividade e energia depende de onde nos encaixamos na escala introversão-extroversão.
Indivíduos introvertidos tendem a se sentir esgotados mentalmente e fisicamente quando estão em ambientes muito estimulantes (muito barulho e agitação); e energizados quando passam um tempo sozinhos.
Já os extrovertidos são o inverso; sentem-se energizados ao estarem perto de muitas pessoas e entediados em atividades solitárias.
Há ainda os ambivertidos que estão no meio termo.
Dessa forma, conhecer a própria personalidade pode ajudar a tomar iniciativas que ajudem a se organizar no trabalho, tornando-o mais produtivo.
2- Fisiologia

Fisiologia é o estudo das funções e funcionamento dos seres vivos; os processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas de um indivíduo sadio.
A fisiologia não só difere entre as espécies de seres vivos, mas também entre indivíduos da mesma espécie, inclusive o ser humano.
Então cada pessoa tem a sua própria cota de horas mínimas de sono, horários específicos do dia em que rende mais, particularidades na alimentação e atividade física.
Algumas pessoas ficam bem se dormirem 4 horas por noite, outras precisam de 8 horas; tem gente que rende melhor de manhã, outros à tarde.
Também há certos tipos de exercícios físicos e alimentos que para algumas pessoas ajudam a relaxar e energizar, respectivamente, enquanto em outras produzem efeito inverso.
3- Aprendizagem

Embora existam técnicas de memorização, o processo de aprendizado não é o mesmo para todos.
Segundo o educador David Kolb há 4 estilos de aprendizagem nos adultos:
- fazedores;
- assimiladores;
- divergentes;
- convergentes.
Enquanto os fazedores tendem a aprender experimentando, fazendo as coisas na prática, os assimiladores aprendem melhor refletindo sobre o assunto.
Os divergentes aprendem analisando ideias e compartilhando informações com outros.
Já os convergentes aprendem melhor se concentrando em uma só questão e testando teorias.
Identificar qual o seu estilo certamente o ajudará a ser mais produtivo no processo de aprendizagem.
4 – Inteligência

Os tradicionais testes de QI levam em conta apenas dois tipos de inteligência: a lógico-matemática e a linguística.
Porém, ainda na década de 80, Howard Gardner, psicólogo e professor de Harvard, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, propondo a existência de 8 tipos de inteligência:
- 1-Linguística;
- 2-Lógico-Matemática;
- 3-Espacial;
- 4-Corporal-cinestésica;
- 5-Interpessoal;
- 6-Intrapessoal;
- 7-Naturalista;
- 8-Musical
Segundo Gardner, todos os indivíduos possuem todas as 8 inteligências, em maior ou menor grau, as quais dependem para florescer não só do fator genético mas também de um ambiente estimulante que favoreça o seu desenvolvimento.
Considerando que a maioria das profissões requer o uso simultâneo de vários tipos de inteligência, identificar quais são aquelas que temos mais aptidão pode ser muito útil tanto para direcionar nossas escolhas profissionais quanto para sermos mais produtivos.

5 – Criatividade

De acordo com Arne Dietrich, PhD em Neurociência Cognitiva, existem 4 tipos de criatividade:
1.Criatividade deliberada e Cognitiva
É quando temos um problema e nos concentramos para resolvê-lo.
Requer profundo conhecimento do assunto e tempo para testagem de inúmeras associações.
2.Criatividade deliberada e Emocional
É quando – deliberadamente – fazemos uma imersão nos nossos sentimentos mais profundos e a partir daí, começamos a fazer conexões que não conseguimos fora desse estágio emotivo. Requer quietude e solidão.
3.Criatividade espontânea e Cognitiva
É quando temos um problema mas não conseguimos resolver de jeito nenhum.
A solução vem a partir de um evento precipitador externo (do qual não temos controle), que possibilita a conexão. Requer fazer uma pausa e dar uma volta.
4.Criatividade espontânea e Emocional
Essa é aquela criatividade que surge como um inspiração e ideias espontâneas que acontece com frequência em artistas, músicos e designers, por exemplo.
Não existe um conhecimento específico necessário, pois não é um processo cognitivo.
Mas em geral é preciso ter uma habilidade (escrita, musical, artística) para criar algo de maneira espontânea e emocional.
Criatividade e Produtividade

Com exceção do último tipo de criatividade mencionado – espontânea e emocional – com os outros tipos temos certo controle e por isso podemos tomar providências.
Podemos, por exemplo, estudar mais sobre a nossa área de atuação, fazer uma pausa se o trabalho não estiver rendendo e se ocupar de outra coisa, tirar uma boa noite de sono.
Quando nos conhecemos melhor, temos melhor condições de saber o que fazer para a estimular a criatividade e tornar as nossas atividades mais produtivas.
Outros fatores de produtividade

Vale a pena também conhecer outros fatores que influenciam na nossa produtividade, como a capacidade de entrar em estado de fluxo e a inteligência emocional que tem sido considerada até mais relevante para o sucesso profissional que a inteligência cognitiva.
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