Inteligência Emocional: muito além das próprias emoções

Sabe aquelas pessoas que são talentosas, éticas e têm boa formação acadêmica mas que apesar disso não conseguem deslanchar na vida profissional?

Com certeza você conhece alguém assim

Mas sabe também aquelas outras ,que apesar de não terem tido acesso uma educação de ponta e tiveram que lidar com uma série de limitações, conseguem ser bem sucedidas?

Também sei que você conhece pessoas assim e fica se perguntando: Puxa vida, fulano tinha tudo para dar errado, mas…

A diferença entre os dois grupos é a Inteligência Emocional  – uma habilidade que tem sido reconhecida com uma das mais importantes para vida pessoal e profissional.

O tal do Q.E (Quociente Emocional)

Pessoas com baixo Q.E. (Quociente Emocional) mesmo sendo esforçadas e competentes, muitas vezes, desperdiçam oportunidades porque não conseguem manter o foco, por exemplo.

Enquanto pessoas com alto Q.E. mesmo enfrentando grandes dificuldades, conseguem ser resilientes, disciplinadas e trabalhar na direção de suas metas.

Mas afinal o que é Inteligência Emocional?

Inteligência Emocional (IE) é a capacidade de lidar com as nossas próprias emoções e a dos outros também.

O termo IE pode ser recente, mas a arte de lidar com as emoções já era ensinada por alguns filósofos e religiões da antiguidade.

Por exemplo, o autocontrole é reconhecido como uma virtude desde Platão,

Para os romanos e a antiga Igreja Cristã,significava temperança (contenção de excessos).

Os judeus também aprendiam com o Livro de Provérbios a como lidar com si mesmos e com os outros.

O versículo 16 de provérbios 32 nos revela isso:

Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade. PV 16:32

Alta Inteligência Emocional

mulher- auto-controle

Ser uma pessoa inteligente emocionalmente significa ter desenvolvido certas aptidões como por exemplo, a capacidade de:

  • Controlar a tensão, a ansiedade, os impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos;
  • Criar motivações por si próprio e de persistir num objetivo apesar dos percalços;
  • Se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar;
  • interpretar sinais sociais e emocionais, ser empático, considerar as perspectiva dos outros;

Baixa Inteligência Emocional

Já pessoas com baixa inteligência emocional tendem a ser ansiosas, a agir por impulso, não ter perseverança e apresentam dificuldade para manter o foco.

Além disso, elas também podem ter dificuldade para resistir a influências negativas e para compreender qual comportamento é aceitável numa determinada situação.

É claro que essas competências ou a falta delas não são simultâneas, uma pessoa pode ter mais aptidão em um domínio do que em outros, como você verá a seguir.

Os cinco domínios da Inteligência Emocional

Daniel Goleman, psicólogo e escritor foi o responsável por popularizar o conceito de IE através do seu livro “Inteligência Emocional” lançado em 1995.

No livro, ele posiciona a IE como um conjunto de aptidões divididas em 5 domínios principais:

  1. Autoconsciência;
  2. Autorregulação;
  3. Motivação;
  4. Habilidades Sociais ;
  5. Empatia.

Vamos ver cada uma delas à luz do livro Inteligência emocional, de Daniel Goleman:

1 – Autoconsciência

É a capacidade de conhecer as próprias emoções, fundamental para o discernimento emocional e para a autocompreensão.

As pessoas que têm uma maior consciência dos seus sentimentos, conseguem tomar decisões de forma mais sábia e são melhores pilotos das suas vidas.

Isso porque a tomada de decisão envolve não somente a lógica formal,mas também os sentimentos que envolvem determinada escolha (acumuladas de experiências passadas) – conhecido como intuição.

A falta de autoconsciência pode ser desastrosa, principalmente nas decisões das quais dependem, em grande parte, o nosso destino: que carreira seguir, com quem casar etc.

2 – Autorregulação

É a capacidade de lidar com os sentimentos: de confortar-se, de livrar-se da ansiedade, tristeza ou irritabilidade – que muitas vezes incapacitam.

O problema não são os sentimentos de tristeza, raiva ou preocupação mas a duração e a intensidade deles.

Quando ultrapassam um limite razoável, atingem extremos: podem ser: ansiedade crônica, ira descontrolada, depressão.

As pessoas que são fracas nessa aptidão vivem constantemente lutando contra sentimentos de desespero.

Aquelas que regulam a intensidade das suas emoções, se recuperam mais rapidamente dos reveses e perturbações da vida.

3 – Motivação

Motivação

Colocar as emoções à serviço de uma meta é essencial para centrar a atenção, para a automotivação, o controle e para a criatividade.

O autocontrole emocional – saber adiar a satisfação e conter a impulsividade – está por trás de qualquer tipo de realização.

Quanto mais motivados, maior a capacidade de entrarmos em estado de fluxo , o que possibilita desempenhos excepcionais.

As pessoas que têm essa aptidão tendem a ser mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam.

4 – Empatia

É a capacidade de enxergar a situação da perspectiva dos outros, de se colocar no lugar e  de entender o sentimento dos outros.

As pessoas empáticas estão mais sintonizadas com os sutis sinais do mundo externo que indicam o que os outros precisam ou o que querem.

Essa aptidão (que é uma das raízes do altruísmo).

Ela torna aqueles que a possuem bons profissionais no campo assistencial, no ensino, vendas e administração, por exemplo.

5 – Habilidades Sociais

É a capacidade de perceber os sentimentos de outra pessoa e agir de maneira a enfatizá-los mais ainda – é a essência da arte de relacionar-se.

Exercer controle sobre as emoções do outro exige o amadurecimento de outras duas aptidões emocionais: o autocontrole e a empatia.

Quem tem essas aptidões é capaz de moldar um relacionamento, mobilizar, inspirar, convencer, influenciar e deixar os outros à vontade.

Já a falta dessas aptidões podem fazer com que, mesmo aqueles que são considerados brilhantes do ponto de vista intelectual, naufraguem em seus relacionamentos, pareçam arrogantes, nocivos ou insensíveis.

Pontos fortes e fracos

Podemos ser fortes em algumas dessas áreas e deficitários em outras.

Você pode ser empático, mas ter dificuldades para controlar a ansiedade, por exemplo.

Mas como diz o próprio Daniel Goleman em seu livro: Temperamento não é destino.

Segundo o autor, todos podemos melhorar as nossas aptidões emocionais.

Desenvolver a nossa Inteligência Emocional é importante porque a incapacidade de lidar com as próprias emoções podem minar carreiras promissoras e relacionamentos.

A Inteligência emocional pode fazer a diferença entre sucesso e fracasso, realização e a frustração, prosperidade e mediocridade.

Inteligência Emocional e o Futuro do Trabalho

Foco

Em um mundo cada vez mais dinâmico e mutável, com trabalhos automatizados e com excesso de informação, as competências emocionais serão habilidades importantes.

Pessoas inteligentes emocionalmente são focadas e sabem trabalhar na direção de suas metas.

São adaptáveis e flexíveis; são empáticas e capazes de lidar bem com pessoas.

Já é bem conhecida a afirmação de que, na Era da Revolução Industrial, o principal diferencial do profissional do futuro será ser “Ser Humano”.

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Se você deseja se aprofundar ainda mais nesse assunto, recomendo a leitura do livro do Daniel Goleman: Inteligência Emocional:

Grande abraço!

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