Fazemos parte de uma geração que está vivenciando um dos períodos de maior transição na história humana: de um mundo linear para exponencial; de sólido para líquido.

É um mundo dinâmico, imprevisível, propenso a mudanças e transformações em velocidades nunca vivenciadas pelas gerações anteriores.

“Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar”; dizia o sociólogo polonês Zygmunt Bauman.

Cerca de 20 anos atrás o mundo era de um jeito, mas agora estamos em meio a uma transição acelerada que está causando profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana, inclusive na forma como obtemos conhecimento.

Se nas gerações anteriores o conhecimento era fixo e definitivo, na pós- modernidade o aprendizado passa a ser por toda a vida.

Essa foi uma grande mudança de paradigma!

Veja a seguir, como foi essa mudança, qual o novo cenário e o que ele exige de nós.

Quando o aprendizado era para a vida toda

Na maior parte da história humana não havia grandes mudanças e as pessoas tinham uma noção de educação: que deveriam aprender algo que usariam a vida inteira.

O conhecimento era considerado uma série de atitudes e informações que as pessoas deveriam saber para transmitir para a geração seguinte.

Quando havia uma quebra de paradigma, isso ocorria em um intervalo de séculos.

Na Física, por exemplo;  Aristóteles, Galileu Galilei, Isaac Newton, Albert Einstein, um após o outro introduziu novas teorias, quebrando paradigmas em um espaço de tempo muito longo entre eles.

Essa era a noção de educação e aprendizado que as gerações anteriores tinham até poucos anos atrás.

A Era do mundo líquido e exponencial

Agora, no mundo pós-moderno, líquido e exponencial, as coisas mudaram e estão mudando rapidamente.

Se no passado, a geração anterior transmitia conhecimento à geração seguinte, hoje não mais.

Porque não existe mais conhecimento para sempre. 

Uma geração não é mais detentora do conhecimento e não tem o papel de passar esse conhecimento para outra geração.

Isso porque o mundo se tornou mais complexo, instável e com mudanças mais rápidas.

Na década de 1990 um termo se popularizou para sintetizar as principais características das sociedades contemporâneas: VUCA.

Mas o que é VUCA? Uma sigla para as palavras volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza),complexty (complexidade) e ambiguity (ambiguidade).

Nesse contexto, não é possível ficar estagnado e muito menos acreditar que as  coisas sejam fixas. Ou acompanhamos as mudanças ou ficamos para trás.

Aprender, desaprender e reaprender

Se o mundo está em constante mudança, então o aprendizado se torna contínuo. É um processo constante de aprender, desaprender e reaprender.

Não existe mais a figura de quem aprendeu, existe a figura de quem está aprendendo.

Ou seja, continuar estudando não é mais uma escolha, nem uma questão de gosto, se tornou essencial.

E isso muda a forma como encaramos a construção da nossa trajetória profissional e como lidamos com a aprendizagem.

Formação continuada e holística

Segundo o professor Leandro Karnal, o conhecimento estrutural inicial ainda é dominantemente universitário; a diferença é que a “formatura” agora é contínua, não tem fim.

Portanto, o conteúdo já não é mais fixo de uma área, ele se tornou mais holístico, integrado – essa é uma boa notícia para os multipotenciais!

Também não faz mais sentido obter muitas titulações; um conhecimento ágil está valendo muito mais do que a certificação dada por um diploma.

Para quem quer saber mais sobre Aprendizagem Continuada ou LifeLong Learning, fica a indicação de curso online gratuito da PUCRS sobre o tema.

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