O mundo está mudando e a forma como trabalhamos também.
Estão surgindo rapidamente novas tecnologias, novas economias e consequentemente, novas profissões.
Essas transformações aceleradas e difíceis de prever, tornam difícil o ato de realizar um planejamento de carreira no longo prazo.
Afinal, se tudo muda de forma constante e rápida, então o que devemos esperar do futuro do trabalho e como construir a nossa carreira?
Para responder a essa pergunta precisamos entender as transformações que estão influenciando na nossa formação profissional.
Também quais as habilidades esse novo cenário exige; como as novas profissões estão surgindo e como ajustar a nossas vidas profissionais a essas mudanças.
Veja a seguir cada um desses tópicos: nova formação profissional, novas habilidades e novas profissões.
Nova formação profissional
Uma das mudanças que já está ocorrendo é em relação à formação profissional.
Não existe mais uma “formatura”, porque agora o aprendizado é um processo contínuo.
Para ser um bom profissional é preciso estar continuamente aprendendo, pois a formação é contínua.
Além disso, não existe mais um conhecimento atrelado a profissões.
Por exemplo, aquele pensamento de antigamente, de que “sou da engenharia, só preciso entender de números e não de pessoas” ou “sou de humanas e não tenho de saber programar”.
Um analista de marketing precisa entender um pouco sobre big data.
Um engenheiro precisa saber sobre comportamento humano, um economista conhecer sobre ciclos biológicos.
Para sermos bons profissionais, é preciso ter conhecimento sobre várias coisas que vão contribuir para conseguirmos ser eficazes em relação às mudanças que estão ocorrendo.
Novas Habilidades: Soft Skills vs Hard Skills
Hard Skills são aquelas competências aprendidas de forma rápida e que podem ser adquiridas por meio de estudos ou no próprio ambiente de trabalho.
Exemplos: graduação, proficiência em língua estrangeira, operação de máquinas, desenvolvimento de software etc.
Com o avanço tecnológico, ações repetitivas e mecânicas, que não implicam julgamento, avaliação ou crítica (as quais muitas envolvem hard skills), serão substituídas pela Inteligência Artificial e a Robótica.
Então o diferencial passa a ser as Soft Skills: são as competências comportamentais e sociais que envolvem as habilidades de relacionamento e não podem ser substituídas pelas máquinas.
São exemplos de Soft Skills: comunicação, atitude, pensamento crítico, empatia, tomada de decisão, resolução de problemas, liderança, flexibilidade, espírito de equipe, capacidade analítica etc.
Assim, nos processos seletivos das empresas, as hard skills passaram a ser obrigatórias e as soft skills, as competências desejadas e avaliadas.
Capacidade de adaptar-se a novas carreiras
Com as mudanças tecnológicas, muitas profissões vão deixar de existir ou se fundir e novas surgirão.
Toda essa mudança demanda dos profissionais a capacidade de adaptar rapidamente suas carreiras aos novos contextos.
Seremos profissionais cada vez mais flexíveis por necessidade.
Essa trajetória profissional implica em termos sucessivas carreiras ao longo da vida (ou várias profissões simultaneamente).
Nesse processo constante de construção e reinvenção da nossa vida profissional, cada etapa será importante para a próxima.
Conhecimentos e experiências adquiridos numa carreira serão incorporadas na próxima.
Como faremos nossas escolhas de mudança de carreira?
Baseado nas nossas experiências, conexões, aprendizado e realizações em determinada etapa, tomaremos decisões para uma nova e assim vamos construindo a nossa trajetória.
Assim, ao fazermos algo que tem um resultado e reconhecimento muito grande, explorando ou descobrindo uma nova habilidade, essa pode ser uma transição para uma nova atividade.
Dificilmente escolheremos algo que não tem a ver conosco.
Às vezes, um talento que deixamos apenas como hobby, pode ser parte da nossa transição profissional.
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