
Você chegou em momento da sua vida em que se cansou de viver fazendo o que não gosta, de trabalhar por necessidade ou mesmo para atender às expectativas dos outros.
Além disso, você também tem outros interesses e habilidades que não estão relacionados a sua profissão atual e isso o faz se sentir limitado.
Toda essa situação lhe deixa insatisfeito, sem ânimo e querendo uma mudança profissional mas você não faz ideia que rumo exatamente tomar.
Se esse é o quadro da sua vida hoje, esse texto pode ajudá-lo a criar um plano de transição e alcançar seus objetivos.
Reinventando a sua vida profissional
Esse assunto de mudança profissional não é simples e não tem uma resposta definida – na verdade só quem pode descobri-la é você!
Isso mesmo, você é a pessoa mais qualificada para descobrir o que é melhor para si mesmo.
Por isso o objetivo deste texto é ajudá-lo a se conhecer melhor e a fazer um planejamento profissional que leve em conta suas aptidões, interesses, anseios e a realidade de forma justa.
O que você verá neste texto sobre planejar uma Mudança Profissional
Nesse texto você verá os seguintes pontos que o ajudarão a construir o seu planejamento:
- Qual a origem da sua insatisfação;
- Por que é tão difícil escolher uma carreira ideal;
- Como montar o quebra cabeça do planejamento profissional;
- Autoconhecimento: Aptidão, Paixão e Anseios;
- Priorize seus anseios e os ajuste à realidade;
- Analise suas opções;
- Faça a sua escolha
1- Qual a origem da sua insatisfação?
Compreender a razão da sua insatisfação é importante para saber que direção tomar e as ações necessárias.
Você está insatisfeito com o quê? É com a carreira escolhida ou é com a profissão em si? Ou somente com o ambiente de trabalho?
Mudar de trabalho, de carreira ou de profissão exige níveis de esforço e planejamento respectivamente bem maiores um do outro.
2 – Porque é tão difícil escolher uma carreira ideal?
Acredito que todo mundo é bom em alguma coisa, mas pouca gente tem a sorte de descobrir a sua vocação logo de cara.
Além disso, há outros fatores e fatos que entram na equação:
- Escolha: o fato é que há muitas pessoas que não podem escolher; elas ainda estão na base da Pirâmide de Maslow e simplesmente tem de trabalhar para sobreviver.
- Complexidade: Somos seres bem complexos, temos diferentes motivações, necessidades, anseios, medos, sonhos e expectativas.
- Mudança: O mundo está em constante mudança e nós também mudamos ao longo da vida.
Tudo isso faz torna o processo de descobrir a nossa vocação algo não muito simples.
3 – Como começar a montar o quebra-cabeça do planejamento profissional
Primeiro é importante pensar em um planejamento profissional que ajude você a escolher não somente uma carreira ou profissão adequada, mas que também seja ajustável.
Na verdade, o conceito de carreira está mudando para trajetória profissional que é ( e precisa ser) mais flexível na economia da Era Pós Digital.
Esse planejamento profissional deve levar em conta 3 esferas: autoconhecimento, a realidade e as suas opções.
4 – Autoconhecimento
Autoconhecimento envolve definir quais são os seus pontos fortes e fracos; quais são os seus valores e qual o seu propósito de vida.
Os pontos acima já foram abordados no post: Por que o autoconhecimento é importante para a sua vida pessoal e profissional.
Agora falarei sobre mais 3 facetas do autoconhecimento: Paixão, Aptidão e Anseios.
4.1 -Paixão
Paixão é aquilo que você gosta de fazer, mais do que a maioria das pessoas que você conhece.É algo que te entusiasma, que te inspira e te dá energia para realizar, mesmo diante dos dificuldades.
São seus interesses, coisas que você concentra seu tempo e sua atenção porque simplesmente o fazem se sentir bem.
Considerações sobre a Paixão
Sobre a paixão é preciso considerar 3 questões:
- Nem todo mundo tem a opção de trabalhar com o que gosta;
- Uma pessoa pode se interessar por mais de uma coisa;
- Nossas paixões podem mudar ao longo da vida;
Sobre o ponto 1, ou você tem a sorte de encontrar um trabalho que goste (e dê condições financeiras de se sustentar);
Ou terá que “subir os degraus” da pirâmide de Maslow, passar do nível de trabalhar para sobreviver e ter realmente opção de escolha (mudança de profissão).
Os pontos 2 e 3 são um problema bem comum dos multipotenciais, mas podem ser uma vantagem quando bem administrados.
4.2 -Aptidão
Aptidão é uma habilidade inata, um dom natural, é aquilo que você faz bem e se destaca.
A maioria das pessoas tem alguma ideia do que é boa em fazer e do que não é. Aliás, é até comum ter mais de uma habilidade.
Conciliar as “peças” da aptidão natural com uma paixão é uma das conexões que ajudam na escolha e no sucesso profissional.
4.3 -Anseios
Os nossos anseios corresponde à parte que mais acrescenta complexidade a coisa toda. Isso porque eles são formados por várias facetas, cada uma delas com seus próprios medos e desejos.
Tipos de Anseios
Temos os anseios pessoais, sociais, morais, estilo de vida e práticos. Veja cada um deles a seguir.
- Anseios Práticos – Aqui queremos ter certeza que teremos o básico: ter o que comer, o que vestir, um lugar para morar;
- Anseios Sociais – São os nossos desejos e busca por aceitação, aprovação, inclusão, apreço, respeito, status e fama;
- Anseios Morais – Estes são os nossos desejos por realizar algo que tenha impacto positivo no mundo, reduzir o sofrimento e melhorar o futuro;
- Anseios de Estilo de Vida – São os nossos anseios por liberdade, vida equilibrada, tranquilidade e flexibilidade. Ou seja, menos trabalho duro e mais experiências ricas;
- Anseios Pessoais – Esse anseio é o mais particular, complexo e desafiador de todos porque envolve a questão do nosso sentimento de realização, de auto estima e de atingir o nosso potencial.
É o mais difícil de conseguir e por essa razão acaba sendo o anseio mais negligenciado. Ele é o reflexo da nossa personalidade e dos nossos valores e também é a explicação da razão pela qual uma pessoa pode se sentir infeliz mesmo sendo bem sucedida.
5 – Priorize seus anseios e os ajuste à realidade
Nessa etapa você precisará investigar aspectos internos e externos que afetam os seus anseios, priorizá-los e ajustá-los à realidade.
5.1 -Investigação
Aspectos Internos
Quando pensamos em nossos objetivos, medos e sonhos, a nossa consciência acessa o conjunto de anseios mais evidentes.
Porém, nem todos os aspectos da nossa personalidade que afetam esses anseios são evidentes – muitos deles ficam no nosso subconsciente.
Para acessá-los é necessário investigar a partir do que a sua consciência já conhece sobre eles.
Aspectos Externos
Aqui é preciso investigar e questionar a origem dos seus anseios: se eles são realmente seus ou na verdade foram “implantados” para atender a uma expectativa externa.
Por exemplo, um anseio por um determinado estilo de vida pode ser influência de alguém que você respeita mas que na verdade não partiu de você mesmo.
5.2 – Hierarquia de anseios
Não é possível satisfazer todos os anseios, então é necessário priorizar alguns e deixar outros de lado.
Para criar a sua hierarquia de anseios é preciso levar em conta o que é mais importante para você, suas características pessoais e seus valores.
Mas é preciso ter atenção nas suas reais motivações. Por exemplo, o anseio por sucesso pode ser na verdade, uma forma de compensar uma auto-imagem negativa.
5.3 – Ajuste seus anseios à realidade
Ao avaliar as suas chances em determinada carreira, você deve considerar os seguintes pontos:
- Tempo – Quantos anos são necessários para que você se habilite na carreira que deseja? Você está disposto a dedicar esse tempo?
- Ritmo – Qual é o seu ritmo? Você preza mais por uma vida equilibrada ou é uma pessoa dinâmica (um workaholic)?
- Estilo de trabalho – Qual é o seu estilo de trabalho? Você é mais do tipo que lidera e gerencia ou que executa tarefas?
- Potencial – Você tem as habilidades e competências necessárias para a carreira que está cogitando?
É necessário considerar a realidade das suas limitações, características pessoais, tempo e recursos que dispõe e ajustar seus anseios a eles.
6 – Analise suas opções
Tenha em mente os seus pontos fortes e fracos, seus valores, suas aptidões, seus anseios, suas paixões (interesses) e propósito de vida.
Avalie, então, os caminhos profissionais que você pode considerar de acordo suas características pessoais e os pontos de realidade.
Até aqui, o objetivo é ter uma ideia geral das suas possibilidades de carreira.
7 – Faça sua escolha
A dificuldade em escolher uma opção entre todas as possibilidades de carreira que você avaliou vai depender da etapa da vida em que você está.
Se você tem 30 e poucos anos, provavelmente gostaria de já estar com a sua profissão encaminhada, estável e realizando alguns sonhos.
Nesse caso, o anseio por estabilidade no curto prazo pode pesar mais na balança do que o desejo por uma profissão que proporcione realização e explore seu potencial criativo.
7.1 – Trajetória vs Carreira
Já os mais jovens, que estão iniciando a sua vida profissional, não precisam se sentir pressionados a “fazer a escolha final e definitiva”
O mundo de hoje é complexo, muda muito rápido. Em função disso, as carreiras se tornaram trajetórias profissionais.
Fazendo uma analogia, carreira é mais como um túnel fechado em que não dá para sair no meio do caminho. Já as trajetórias se parecem mais com pontos conectados do que com linhas retas e previsíveis.
Por isso, o foco deve ser apenas no próximo ponto a ser conectado (ou passo a ser dado) – porque é o único possível de se planejar no presente.
Mais uma coisa
Seja qual for o caminho escolhido, tenha em mente que ele não é e nem precisa ser o definitivo, assim como também não é o sinônimo de quem você é.
Mudanças e escolhas são uma constante na vida e por essa razão, é provável que seu planejamento precise de ajustes ao longo do tempo.
Apenas tenha satisfação em fazer o melhor para ter uma boa trajetória.
O que você achou deste texto sobre mudança profissional? Foi útil para você? Compartilhe com a gente a sua opinião e deixe nos saber o que você pensa sobre o assunto!
Olá
Lendo esse post estava refletindo aqui, eu acho que carreira ideal não existe creio que existe atividades as quais gostamos ( é muito importante gostar do que faz) porque senão fica difícil.
Uma pessoa que não gosta do que faz certamente terá muita dificuldade pela frente não é?
Como você bem disse importante é se reinventar e melhorar sempre.
Um grande abraço e uma ótima semana.
É sim Isa! Mesmo estando numa atividade que gostamos de fazer não estaremos isentas de aborrecimento, agora imagina fazendo algo que não gostamos? Essa coisa de trabalho , carreira tem que ser muito bem trabalhada desde cedo, pena que não se estuda muito isso nas escolas.
Abraço! Uma semana abençoada!
Olá tudo bem? Tenho 20 anos, estou no terceiro ano do curso de Nutrição, é estou me sentindo perdida se é isso mesmo que eu quero pra minha vida. Quando entrei no curso não sabia muito o que era a profissão fui vendo com o tempo e no momento estou perdida.E não sei no que sou Boa e o que eu realmente gosto de fazer até estava pensando em trancar o curso, e o dinheiro que seria desperdiçado.
Olá Thalia, tudo bem sim , espero que você esteja bem. Bom , essa é uma das dificuldades comuns quando entramos cedo na universidade. Eu entrei aos 16 anos para cursar Letras. Gostava de Literatura e leitura, mas não morria de amores pela gramática. Mesmo querendo trocar de curso fui até o final e terminei, pois sabia que não seria inútil e não foi. Hoje trabalho com isso.
Sugiro que você pese os pós e os contras, veja os recursos que possui se não há outro curso que possa ter disciplinas aproveitadas, mas não tome nenhuma decisão precipitada. Veja se essa desilusão ocorre por conta de disciplinas específicas ou por conta do exercício da profissão. Veja se há alguma área dentro da Nutrição que você possa se encaixa. Sugiro que você leia esse post: Como descobri sua vocação e unir paixão e talento. Acredito que vai ajudá-la. Não pense no que desperdiçou e nem veja por esse lado. tudo isso faz parte da sua trajetória! Desejo-lhe sucesso!
Obrigada , se Deus quiser vou me encontrar.