Durante toda a história da civilização, a humanidade sempre teve de lidar com recursos finitos.
Aliás, uma das definições de economia é a administração de recursos escassos.
Várias tecnologias criadas ao longo dos anos ajudaram na exploração e aproveitamento desses recursos escassos, permitindo o progresso humano.
Mas isso também levou à competição e conflitos.
Porém a Internet, diferente de todas as tecnologias já criadas, transformou a economia e a cultura de uma forma totalmente nova.
Pois criou mudanças que abriram caminhos que podem levar a humanidade de um modelo de escassez e competição, para um modelo de abundância e colaboração.
Duas dessas mudanças são: A Era dos Recursos Intangíveis e a Cauda Longa.
Para saber como andar pelo caminho que leva a um futuro de abundância e criar oportunidades, é preciso primeiro, entender essas duas mudanças.
A Era dos Recursos Intangíveis
Vivemos hoje a era da centralidade do intangível.
Ou seja, uma época onde as empresas de maior valor são aquelas que baseadas na informação (como o Google) e em relacionamentos sociais (como o Facebook).
Seus produtos são recursos não físicos, intangíveis, como conhecimento e experiência.
E ao contrário dos recursos físicos, esses bens intangíveis, são infinitos, isto é, são coisas que podemos dividir e que não diminuem, ao contrário, se multiplicam.
Esses recursos ou bens intangíveis, como Cultura, Conhecimento, Criatividade e Experiência, sempre existiram.
Mas a produção, o acesso e a distribuição deles sempre ficaram limitados à geografia e ferramentas disponíveis.
Sabemos do potencial desses recursos. A indústria do cinema e da música, há anos está gerando lucros crescentes. O conhecimento e a acesso a instrução sempre teve o seu custo, e não é à toa que, mesmo em momentos de crise, é um setor que prospera.
Entretanto, não era todo mundo que podia lançar as suas próprias músicas, fazer vídeos e criar cursos. E muito menos, deixar disponível, para quem quisesse acessar, não importa onde estivessem.
Mas, depois da internet, essa história mudou.
Hoje podemos ter um canal no Youtube e compartilhar o que sabemos fazer de melhor, podemos ter um blog e disseminar conhecimento e atrair pessoas que precisam dessas informações ou que pensam como nós.
Cauda Longa
A internet fez algo revolucionário, que poucos se deram conta, mas vivenciam todos os dias.
Ela permitiu a redução dos custos de produção e distribuição de produtos e serviços, principalmente nas transações online.
Antes, uma pessoa com um gosto muito específico por algum tipo de livro ou CD de música, não encontraria tão fácil o que estava procurando.
Isso porque, o dono da livraria ou da loja de CDs, somente deixava disponível nas prateleiras da loja, o que vendia mais, ou seja produtos mais populares.
Afinal o espaço físico da loja é limitado.
Além disso, existe um custo para se manter um produto ali. Ou seja, o que vende pouco, fica de fora.
Era difícil, tanto para quem produzia produtos muito específicos, quanto para quem queria consumi-los.
Mas com a internet, essa realidade mudou. Em uma livraria virtual, não há limite de espaço físico.
Pois o espaço ocupado no servidor é mínimo, o tamanho da prateleira é infinito e pode se ter quantos livros quiser, tanto os que vendem muito, quanto os que vendem pouco.
Agora, o acesso a produtos específicos (ou seja de nicho) não tem barreiras e o total das suas vendas é igual a receita dos poucos grandes sucessos.
Dessa forma, o mercado de massa está sendo transformando em um mercado de vários nichos. Essa é a teoria da Cauda Longa.
Todos são produtores e consumidores
Dessa forma, qualquer um hoje, pode utilizar do seu talento individual, conhecimento e criatividade para produzir um bem intangível (como por exemplo: gravar uma aula no Youtube, gravar uma música ou podcast no SoundClound, escrever um E-book).
E distribuí-lo ou comercializá-lo para qualquer tipo de nicho (ou seja, estilo, gosto, interesse) por mais específico que seja.
Hoje, as ferramentas de produção e distribuição de bens intangíveis, estão cada vez mais acessíveis e todos podemos criar oportunidades de trabalho e renda, atendendo nichos e interesses cada vez mais específicos.
Estamos em uma era em que cada vez mais os consumidores querem ser tratados de forma individualizada e se relacionarem com as marcas.
E essa é uma oportunidade para aqueles que atenderem a nichos específicos, conhecendo a fundo suas preferências, desejos e necessidades.
Economia Criativa
A Economia Criativa é uma indústria baseada na produção e comercialização de bens e serviços criativos, tangíveis ou intangíveis.
Logo, é uma área abrangente, indo desde o artesanato e música até a criação de softwares e aplicativos.
Talvez, mais do que qualquer outra indústria, a Economia Criativa permite o uso do potencial de criação humano (individual ou coletivo) para criar produtos que geram valor a partir de recursos intangíveis.
Assim, atuar nessa indústria não exige muito capital financeiro, mas sim, em capital intelectual.
É o setor, onde todos podem ser produtores, identificar nichos específicos, gerar valor e criar demandas, nas dimensões cultural, ambiental, social e financeiro.
Economia da Abundância
A internet está transformando a forma como nos relacionamos e os nossos desejos pessoais, assim como a economia, sendo que o seu foco está passando de produtos para serviços, de commodities para experiências.
E a maneira como a internet está fazendo isso é tangibilizando o intangível.
Isto é, permitindo que produtos e serviços sejam produzidos a partir de recursos intangíveis (cultura, conhecimento, criatividade e experiência) por qualquer pessoa e alcancem um vasto e variado mercado de nichos, gerando riqueza e até mesmo qualidade de vida.
Em resumo, a internet está potencializando a indústria da Economia Criativa.
Como esses recursos são intangíveis, eles estão disponíveis mesmo em países emergentes.
Além disso, esses recursos não se esgotam com o uso, ao contrário, se multiplicam.
O que faz da Economia Criativa a melhor forma de gerar abundância com sustentabilidade.
Aproveite seu potencial e crie oportunidades
Estamos claramente vivendo em uma época, em que as grandes mercadorias atuais não são objetos físicos, são as ideias.
Ideias geradas a partir do potencial criativo e talento individual, com tecnologias cada vez mais acessíveis (desde mídias sociais até impressoras 3D) podem criar soluções e gerar valor em diversas áreas, desde entretenimento à educação.
Mais do que em qualquer outra época, nunca foi tão possível como agora, que qualquer pessoa possa usar o seu talento e criatividade para criar a sua própria oportunidade de gerar renda.
Existe abundância de recursos (porque esses recursos são intangíveis) e demanda de mercado (distribuído em inúmeros nichos, com interesses e necessidades específicas), agora totalmente alcançáveis, graças à internet.
Assim, a melhor forma de fazer parte da Economia Criativa e criar a sua própria oportunidade, é descobrindo qual o seu talento e como ele pode ajudar alguém, ou seja como você pode gerar valor para um nicho específico.
E dentro desse nicho, você deve criar uma comunidade e se relacionar com ela, criando experiências e entregando valor.
Que tal começar a compartilhar o que você sabe fazer de melhor? Espero conseguir motivar você com esse post! Grande abraço!
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